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Preço dos Alimentos básicos pode duplicar em poucos anos...

Quarta-feira, 01.06.11

 

 

No seguimento dos meus posts anteriores e do meu receio, que para outros não passa de pura especulação, de conspiração até sem fundamento, incrédulos, acreditam e dizem que é o progresso, para mim é uma globalização e banalização de tudo, inclusivé de nós, seres humanos, numa economia feroz que faz dançar os mercados ,hoje compramoso que precisamos, o que não precisamos, o que querem que compremos, ditadura de modas e imagem num marketing publicitário cerrado e acutilante, mas o que é certo é que acreditemos ou não, estamos mesmo a ir dar lá, onde receio, o controle por alguns somente, da semente e produção agrícola mundial que sublinho nos tais meus anteriores posts.

 o Banco ou "arca" de sementes em Svalbard...

 

Os preços dos alimentos básicos vão quase duplicar nas próximas duas décadas se os governos não tomarem medidas urgentes para reformar o sistema global alimentar, alertou a Oxfam, uma das maiores organizações não-governamentais do mundo.

Este ano, o custo médio dos produtos agrícolas básicos aumentará entre 120 a 180%, em parte devido às alterações climáticas, segundo as estimativas desta ONG num relatório intitulado em inglês por “Growing a Better Future”. Este relatório refere que os políticos devem regular melhor os mercados alimentares e devem investir num fundo global para corrigir os efeitos das alterações climáticas.

A directora executiva desta organização, Barbara Stocking, diz que se queremos superar os desafios das alterações climáticas, combater a espiral de preços e a escassez de terra, água e energia, é preciso reformar o sistema alimentar. Na Guatemala, assinala a organização entre outros exemplos, 865.000 pessoas estão expostas à insegurança alimentar, porque como o Estado não investiu nos pequenos agricultores, as pessoas ficam dependentes das importações dos alimentos.

Os índios dedicam à sua alimentação diária mais do dobro de um ordenado médio de um britânico e pagam aproximadamente 11,5€ por um litro de leite e 6,9€ por um quilo de arroz. No Azerbaijão, a produção de trigo desceu 33% no ano passado devido ao mau tempo, obrigando o país a importar cereais da Rússia e do Cazaquistão, encarecendo em 20% os preços dos alimentos em apenas um ano. Na África Oriental, 8 milhões de pessoas estão expostas à escassez crónica de alimentos devido à seca.

No passado mês de Abril, os preços dos alimentos estavam 36% mais caros face ao mesmo período do ano anterior, atribuindo-se o motivo deste aumento aos problemas do Médio Oriente e Norte de África, entre outros factores.

A Oxfam propõe aos governos medidas urgentes para resolver este problema, tais como aumentar a transparência nos mercados das matérias-primas e regular os mercados futuros dos produtos agrícolas. Os governos devem também aumentar as suas reservas alimentares, abandonar as suas políticas de promoção dos biocombustíveis e investir em pequenos agricultores, principalmente em mulheres.

Esta organização pede aos líderes mundiais, que vão reunir numa nova cimeira sobre as alterações climáticas na África do Sul no próximo mês de Dezembro, que lancem um fundo especial que ajude os habitantes do planeta a protegerem-se melhor do impacto negativo deste fenómeno e que os prepare melhor para cultivar os alimentos que necessitam. 

 

 

Fonte: www.oxfam.org

 

Leituras adicionais:

Meta de biocombustíveis da UE prejudica produção de alimento nos países em desenvolvimento

Um povo encurralado pelos biocombustíveis

A segurança alimentar na Europa

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publicado por grelhadamista às 12:17


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